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quinta-feira, 13 de março de 2008

Um Amor

Sou uma mulher que está precisando de um amor, o difícil é encontrá-lo. Conheço homens quase todos os dias, reencontro amigos, converso com muitas pessoas.

Contudo, o amor não, pois não é uma coisa que podemos comprar, não é simplesmente um objeto do desejo, não é uma mercadoria que encontramos na prateleira do supermercado.

O amor transcende os muros do convencional, corre o horizonte em toda sua extensão, nos leva a caminhos nunca dantes conhecidos, nos tranqüiliza, trás paz a nossa alma, nos dá leveza aos sentimentos de tristezas, alegrias, conquistas, conformação, amparo, ternura, carinho. Cada um deles nos pesa sempre mais leve no momento em que estamos amando.

Por isso busco o amor, penso que é o caminho da felicidade, não esse amor convencional que quase todos os humanos oferecem, ou pensam sentir. O amor que nasça nas coisas simples, sem ser simplista, que fortaleça nossas estruturas emocionais sem ser duro ou áspero, que nos mobilize para a vida sem impor condições, que nos faça inventar um novo a cada dia sem a obrigação, que nos responsabilize sem cobrar prazos.

O amor que encontre na natureza sua fonte de energia, que busque nas águas a sua força, que seja belo como uma flor pela ingenuidade, que tenha a dinâmica do cosmo para alimentar-se, que veja o outro como o outro possível de ser o parceiro.

Que acima de tudo não precise viver da banalidade do mundo da plástica, do perfeito, da aparência, do que é construído pelas determinações do mercado, da mídia, do artificial.

Que consiga conviver com o viver e com as fases da vida sem traumas nem angústias, que perceba o crescimento como natural, que entenda os primeiros cabelos brancos como uma conseqüência do viver, que veja cada ruga como mais um aprendizado para a vida. E que tenha coragem para isso. Coragem para viver a vida tal como ela é. Com os desafios diários, com as frustrações cotidianas, com os obstáculos que ensinam e com a humanidade finita que é inerente a nós.

Como dito acima, quero apenas um amor humano, um homem comum que se entenda em meio a essa grande massa de ruídos que muitas vezes nos confundem e nos levam a buscar o que não somos e nem nunca seremos.

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