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quinta-feira, 13 de março de 2008

IMAGINAÇÃO

Imaginei, serias apenas mais uma pessoa entrando na minha vida...

Assim como todas as outras pessoas que conheço a cada dia...

Ledo engano, és muito mais que simplesmente uma pessoa na minha história.

Só me dou conta disso quando a vida nos afasta e nos faz refém dela.

Hoje, é um dia em que me vejo vivendo todas as horas que passamos juntos, isso porque a tua ausência me traz a nostalgia!

A vontade de viver o bom e o belo do que somos juntos...

O risco do que podemos ser e a felicidade do encontro,

A alegria do abraço de saudade e a fatalidade da distância,

O mito do ideal e a realidade da convivência distante...

O riso da brincadeira maliciosa e a angústia do não ter,

A insatisfação do desencontro e a satisfação do estar junto,

O medo de ter e a beleza do prazer,

A harmonia dos movimentos e o contraste de nossas cores,

A sintonia da emoção e as notas batidas no coração,

O branco e o ébano, o elaborado e o improvisado,

A intimidade e as reservas, a diferença de tamanhos e as identidades,

O que vemos e o que temos o que queremos e o que buscamos...

Enfim, o que somos para nós e para o mundo!

DOR DA SAUDADE

Essa saudade louca que me perturba ...

Tira meu sono, corrói meu coração, machuca a minha alma...

Tento escondê-la nos mais escuros caminhos do meu inconsciente,

Mas não adianta, ela dói sem parar...

Me escondo dela e de mim mesma,

Ela é insistente, não sai de mim...

Busco negar o sentimento, porém novamente está aí...

Me persegue, me atormente, me diz que estou viva e vou sentí-la..

Faço caminhos e descaminhos fugindo dessa saudade bendita e maldita...

Ando sem rumo e sem graça, procuro pessoas, dou risadas...

Assisto um filme, ouço música e danço..

Vou à festas, ao trabalho, às compras, ao mercado, à rua...

Nada faz essa dor ir embora...

É uma dor inerente ao humano, existirá sempre...

É a dor da saudade...

Ele

Ele
Germana Rocha

Fascinante, enigmático, reservado e observador.
Sério, pensativo, misterioso e magnético.
Educado, sutil, inteligente e intrigante.
Quem será você?
Como decifrar essa personalidade?
Que traços mais terá, que não conseguimos ver?
Não me perguntem, não sei.
Sei apenas que a cada dia tento alcançá-lo, mas quando penso que estou perto me deparo com quilômetros ainda a percorrer.
Penso que por isso sinto-me estimulada em alcançá-lo, em conversar, em abrir possibilidades...
Contudo, ele me escapa pela mão como um peixe escorregadio.
Mais uma vez tento e novamente me escapa.
Vou alcançá-lo, como não sei, mas sei que chegarei lá
Isso é o tudo e o nada que sei ou não sei.
E assim ele segue me conquistando...

O Golpe da Vida

O meu coração foi golpeado

A minha esperança despedaçada...

A vida perdeu um pouco do seu sentido.

A minha alma está lesada.

O colorido do verão não consegue mais me deixar tão alegre como antes...

A minha felicidade foi substituída pela tristeza profunda,

Sinto-me amputada na minha emoção e sentimento.

E a desilusão é um tempo dona da minha vida...

Não sei quando passa e nem se passará um dia.

Sei apenas, que aos poucos junto aqui e ali os pedaços do que sobrou,

Não sei se terei um inteiro, me esforço para encontrá-los todos.

Quero pelo menos encontrá-los em condição de repor, de alguma forma, nos lugares certos, como quem monta um quebra cabeças.

Um dia após outro tornou-se a mesmice do nada.

O nada pra existir, o nada pra sentir, o nada para alegar-me

É isso o nada é hoje o meu cotidiano.

A crença na vida está desacreditada.

Não consigo mais ver as harmonias energéticas que me estimulavam a vida.

Necessito urgentemente de algo que me estimule o prazer de estar viva novamente.

Será que conseguirei?

Será que encontrarei?

Tento me dizer que a vida é feita de fases e essa fase acabou,

Mas me deixou seqüelas maiores do que imaginei.

Também busco em mim a pulsão de vida para continuar existindo,

Porém ainda não encontro o caminho.

Que pena, acabou a mais bela possibilidade que conseguia vislumbrar.

Agora vejo um horizonte vazio de todas as belezas, de todas as esperanças.

Isso é o que sinto hoje.

Humano Contraditório

As perguntas não foram direcionadas a você, mas a mim mesma...

Só que tive vontade de escrever, como meu mote inspirador é você,

Escrevi para que saiba um pouco mais de mim também...

Que não sou só a equilibrada, mas a desequilibrada...

A sensata, mas a insensata...

Não só o mar calmo ou animado, mas a tsunnami...

Só a compreensiva, mas a incompreensiva...

Não só a alegre, mas a triste...

Não só a racional, mas a irracional...

A gata, mas a onça...

O contrário, o contraditório, o humano, o imperfeito...

Todos os sentidos e nenhum deles...

Sou esse conjunto louco de sentimentos e ressentimentos tolos...

Essa ânima de vida e de morte, de construção e desconstrução.

Essa diversidade de formas, cores, contrastes, amores, vidas vãs e pagãs...

Mas, mesmo sendo esse vulcão em erupção, esse furacão de redemoinhos...

Com todas essas loucuras lúcidas...

Eu te amo...

Um Amor

Sou uma mulher que está precisando de um amor, o difícil é encontrá-lo. Conheço homens quase todos os dias, reencontro amigos, converso com muitas pessoas.

Contudo, o amor não, pois não é uma coisa que podemos comprar, não é simplesmente um objeto do desejo, não é uma mercadoria que encontramos na prateleira do supermercado.

O amor transcende os muros do convencional, corre o horizonte em toda sua extensão, nos leva a caminhos nunca dantes conhecidos, nos tranqüiliza, trás paz a nossa alma, nos dá leveza aos sentimentos de tristezas, alegrias, conquistas, conformação, amparo, ternura, carinho. Cada um deles nos pesa sempre mais leve no momento em que estamos amando.

Por isso busco o amor, penso que é o caminho da felicidade, não esse amor convencional que quase todos os humanos oferecem, ou pensam sentir. O amor que nasça nas coisas simples, sem ser simplista, que fortaleça nossas estruturas emocionais sem ser duro ou áspero, que nos mobilize para a vida sem impor condições, que nos faça inventar um novo a cada dia sem a obrigação, que nos responsabilize sem cobrar prazos.

O amor que encontre na natureza sua fonte de energia, que busque nas águas a sua força, que seja belo como uma flor pela ingenuidade, que tenha a dinâmica do cosmo para alimentar-se, que veja o outro como o outro possível de ser o parceiro.

Que acima de tudo não precise viver da banalidade do mundo da plástica, do perfeito, da aparência, do que é construído pelas determinações do mercado, da mídia, do artificial.

Que consiga conviver com o viver e com as fases da vida sem traumas nem angústias, que perceba o crescimento como natural, que entenda os primeiros cabelos brancos como uma conseqüência do viver, que veja cada ruga como mais um aprendizado para a vida. E que tenha coragem para isso. Coragem para viver a vida tal como ela é. Com os desafios diários, com as frustrações cotidianas, com os obstáculos que ensinam e com a humanidade finita que é inerente a nós.

Como dito acima, quero apenas um amor humano, um homem comum que se entenda em meio a essa grande massa de ruídos que muitas vezes nos confundem e nos levam a buscar o que não somos e nem nunca seremos.

DESAFIO

Quando penso em desafio é no sentido de aceitá-lo ou não. Sempre imagino que desafio não se vence, e sim se aceita. Quando alguém ou algo me desafia, entendo que servirá para:

-Testar as minhas potencialidades;

- Entender melhor os meus limites;

- Administrar melhor os meus impulsos;

- Por fim, conquistar mais e melhores espaços.

Contudo, não o vencerei, pois resta sempre o desafio, porque ele:

- nos fascina;

- é uma oportunidade de irmos além do que imaginamos;

- é diferente de tudo o que tivemos e vivemos;

- nos leva a outros caminhos por nós ainda não conhecidos.

Portanto, os caminhos do desafio são dois: aceitá-lo a cada dia na expectativa do bom que pode nos favorecer ou negá-lo por medo de não sermos capazes.

O Querer

Quero-te porque alivias a minha alma,

Porque me fazes calma, pela delícia da tua companhia...

Porque me deixas alegre, me fazes dar risadas, me deixas leve...

Porque gosto da tua alegria, da tuas loucuras e do teu jeito moleque...

Quero-te porque tens a ingenuidade vinda de um recanto matuto

E pela sagacidade do aprendizado da vida...

Porque consegues me ensinar o que ainda não aprendi...

Por isso respeito e admiro-te...

Porque és homem e menino...louco e sóbrio...

Fácil de lidar e difícil de aprendê-lo,

Porque és complexo na forma e simples no gosto...

Quero-te porque me fazes bem e me fazes raiva...

Porque és belo, grande, negro e lindo...

Porque és o meu desejo, a minha inspiração e a beleza do meu sentimento...

Porque és a minha contradição, o meu contrário e o convexo...

Quero-te porque amo-te do meu jeito,

Talvez o meu jeito não seja o teu,

O meu gosto não seja o melhor,

A minha forma não seja perfeita,

Minha vida seja complexa,

Meu mundo diferente, minhas idéias sem nexo...

Contudo, sou verdadeira, crédula na sua capacidade

E pronta para contribuir com a sua ascenção.

Quero-te porque serei sempre feliz com a tua companhia,

Mesmo que sempre não seja todo dia, assim disse o poeta.

Ausência

Sem você o meu fim de semana tornou-se cinza...

As flores na estrada murcharam...

O doce de morango já não é tão doce e gostoso...

A praia tornou-se nostálgica... e a garrafa, não encontrei boiando...

O sol já não brilha com a mesma intensidade...

Os amigos não conseguiram chamar a minha atenção...

O meu olhar azul acinzentou-se...

A minha alma não mais se aquieta, pela sua ausência...

E a vida..ah, a vida perdeu um pouco do seu colorido...

As cores tornaram-se um pouco embaçadas, pela falta que você faz ao meu coração...

Volta... dê-me um sinal.... e serei feliz.

Alma Feminina

Bom hoje entrei aqui para falar um pouco do mundo feminino e das expectativas que tem as mulheres em relação as coisas que ocorrem em suas vidas...

Estarei falando de maneira geral, em nenhum momento estarei aqui afirmando qualquer coisa, mas possibilidades de reação de um mundo constituído por muitos mitos e que na idade adulta descobrimos serem inexistentes a partir do confronto com a própria vida e suas dificuldades...

Como já falei acima, nós mulheres, da cultura brasileira, ao longo do nosso aprendizado na família vamos constituindo mitos irreais que, ao longo da vida, muitas vezes, à custa de sofrimento, descobrimos que o real é mais áspero, seco, sem poesia, sem fantasia. Que vida é um conjunto de elementos e caminhos que muitas vezes nos desviam dos nossos ideais e expectativas...

Aprendemos em nossa primeira socialização que o homem é uma ameaça, que o homem melhor que encontraremos em nossa vida adulta jovem será um príncipe perfeito, que nunca nos fará qualquer mal, considerando aqui inclusive, o sofrimento ao nos deparar com um homem de verdade, humano com dificuldades, qualidades e passível de ótimas atitudes, contudo com um lado feio de alma, e isso é normal, afinal todos somos reais e humanos, imperfeitos...

O mundo cor de rosa que nos passaram só conseguiu até hoje causar grandes frustrações em nós. Sonhamos que cresceremos, que teremos um emprego legal, um protetor, um homem espetacular, com uma bondade divina, um mito.

Daí nos deparamos com um trabalho que nos exige responsabilidade, capacidade de criação, originalidade no que fazemos, dificuldades em todas as suas formas e as frustrações porque temos sempre expectativas melhores do que as possíveis...

Quanto ao companheiro na vida, sempre imaginamos um homem com quem viveremos para todo o sempre e, mais uma vez, nos deparamos com uma pessoa que ao longo de sua vida também encontrou várias adversidades, acumulou frustrações, busca objetivos ainda não muito bem alicerçados e com todas as neuroses que a vida nos impõe, e que sempre o relacionamento não é perfeito e nem viveremos para todo o sempre...

E os filhos, esses então coitados, transferimos as nossas expectativas daquilo que não conseguimos ser para eles, novamente nos deparamos com a frustração de descobrir que serão pessoas com concepção de mundo diferentes, buscas diferentes das nossas, escolhas, por nós, condenáveis às vezes. Esperamos na verdade que os filhos nos realizem naquilo que nos sentimos impotentes de fazê-lo, muitas vezes por medo do enfrentamento com a vida e até com nós mesmos...

Sabe gente, não estou casada, nunca procurei um príncipe perfeito, não tenho filhos. Isso que falo, são elementos que escuto ao longo de uma vida, especialmente na minha profissão. Todos esses elementos tem gerado angústias, depressões, distúrbios de comportamentos, insatisfações, seqüelas emocionais que dependendo da dimensão que ocuparam na nossa subjetividade, não conseguimos fechar completamente as lesões.

Me preocupo com isso, pois o sofrimento e a dor na subjetividade tem uma amplitude que acaba por nos levar a doenças graves e até muito comprometedoras dos nossos organismos. Isso ocorre porque à medida da dor emocional, liberamos em nosso organismo toxinas que vão se acumulando e nos adoecendo de verdade.

Todas essas expectativas criadas ainda nas fases da infância e adolescência, em nós, estão originando seqüelas em nossas subjetividades que mesmo com a ajuda de uma terapêutica psiquiátrica e psicológica, em alguns casos, não conseguiremos superar por completo.

Proponho que a partir de hoje não conjecturemos mais a vida, o nosso trabalho, o homem que está do nosso lado, os filhos que temos...

Busquemos primeiro descobrir os caminhos, o homem que escolhemos, os filhos que temos, porque cada coisa ou pessoa tem características próprias não serão nunca o que idealizamos, mas aquilo que podem ser no mundo e para nós...

São apenas singularidades únicas de uma totalidade e que a nossa alegria e felicidade não dependem disso ou daquele, mas de nós mesmos. O máximo que pode acontecer é que o conjunto de elementos que constituem nossa vida e as pessoas que amamos podem ou não contribuir para a nossa felicidade e/ou alegria, contudo eles não tem essa responsabilidade. Nós é que somos responsáveis pela beleza ou feiúra que a nossa vida tem, os caminhos da satisfação temos que procurá-los, não existem fórmulas prontas, o que existem são escolhas, e as que fazemos, depende de nós.

Os medos e os bichos que encontramos em nossos caminhos, nós mesmos os construímos, por isso nós mesmos é que temos de destruí-los...

Olhemos para a natureza, aprendamos com ela a sermos belos, mesmo com toda depredação sofrida. Sejamos felizes com o possível, com o que temos...

É só uma reflexão da vida...

INVERNO

Já bate a nossa porta os primeiros efeitos do inverno...

E com ele, a nostalgia...

A cada amanhecer o sol está mais distante de nós...

O vento nos bate no rosto mais frio...

Isso faz trazer os sentimentos de saudade, tristezas, ausências...

Todos eles mais sentidos no inverno...

Por que?

Ora, porque nos faz recolher em nossas subjetividades...

E assim remover das cavernas do inconsciente, sentimentos escondidos...

As nuvens estão cada vez mais cinza...

Os meus olhos também...

Ausência, tristeza e saudade me dominam o ser...

Isso me torna mais retraída do mundo real...

E me coloca em frente a mim e a tudo que penso significar neste mundo...

Mas, será que significo algo para aqueles que amo ?

Quem dera saber, todos têm suas cavernas e se escondem como eu...

Quem dera pelo menos saber mais de ti, do que fazes agora, do que queres pra nós...

Difícil adivinhar...

E assim, volto à razão,

Começo a pensar no real, no cotidiano de responsabilidades, compromissos e tantas outras coisas...

domingo, 2 de março de 2008

A Poesia do Encontro

Embevecida com os acordes da Bossa Nova,

senti uma inspiração para colocar no papel, assim:

Uma história que começou quase sem querer,
Como uma maré vazante,
Adquiriu energie e há um ano sobrevive
Entre poesia e acordes, canções e harmonias.
Assim, vamos nós nesse processo de alegrias e esperas poéticas,
Que perpassam o nosso corpo e os nossos quereres..
Parabéns para nós!
Que seja eterno enquanto dure!
Que dure para sempre, mesmo que sempre não seja todo dia!

28/02/2008

GERMANA