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sexta-feira, 13 de março de 2009

A Tradução do Carnaval

Germana Rocha

Mais um dia e lá se foi mais um carnaval.
Uma festa de beleza, de subjetividades, de expressões humanas mais reais,
Onde pierrôs, colombinas, batuqueiros, capoeiristas, lilis, reinos de maracatus e reinados surgem para o mundo.
Buscas, caminhos, descobertas, alegrias, reencontros, felicidades, tristezas, tudo é extravasado.
O que somos, é possível mostrar sem censuras, o que queremos ser é o sonho realizado, os nossos sonhos podem tomar forma e sair às ruas com nossos espaços garantidos.
A alegria da liberdade, da pluralidade, da diversidade de personagens.
Pois é, mais um carnaval que nos liberta das amarras daquilo que chamamos de democracia, o regime das liberdades condicionadas pelo imperialismo do capital.
Das liberdades que nos são impostas e não da nossa liberdade de viver sem máscaras.
Que tempo feliz, que dias de graça vivemos que tempo de nos descobrirmos e descobrir os outros pelas suas próprias expressões.
O Carnaval, a cartase social da possibilidade humana de ser o real de cada alma.
Chego a pensar que nos brasileiros conseguimos sobreviver o resto do ano devido a esse momento de cartase social.
Seria bom pensarmos um pouco nisso e nesse belo carnaval que vivemos aqui no Brasil, pois ele é único.

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