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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Viagem

A ave real bateu asas e atravessou o oceano,
Na bagagem levou sons, tons, harmonias e muitas saudades.
Saudade de quem ama, dos amigos e da vida por cá.
Levou também a alegria das sonoridades musicais, a alegria da arte de saber tocar um instrumento, de saborear as harmonias e de encantar as pessoas e o mundo.
É uma ave rara e de rara beleza, que vai e volta embevecida pelos tons que no envolvimento de carinho e sentimento consegue conversar com o instrumento.
Mas deixa todos os seus amores órfãos da sua presença. São amores vãos, pagãos, divinos, bandidos e todos vivem embriagados pelas suas inspirações construídas no toque do instrumento.
Ficam todos felizes quando da sua volta, pois assim a vida estará completa.

Germana Rocha

sexta-feira, 13 de março de 2009

Aniversário

Germana Rocha



Está fazendo mais um ano do encontro de ânimas,
Os acordes e as similitudes das notas da emoção!
Não importa o que seremos daqui pra frente, mas o que fomos até hoje...
Os sabores que provamos, as potencialidades que construímos, as emoções que nos exauriram os corpos...
A admiração que sentimos um pelo outro, o respeito que construímos para nós.
O tudo e o todo que fomos e estamos sendo.
As diferenças, as angústias, os temores,
As alegrias, os prazeres, as ternuras!
O viver sem fronteiras, as buscas dos encontros, a sabedoria do sentimento, a capacidade de superar...
O querer de cada um e os quereres de nós...
Ser e não ser,
A presença e a ausência,
O escorregar das nossas inseguranças e incertezas.
Parabéns, mais um ano que conseguimos caminhar juntos!
Por vezes distantes outras mais perto, mas unidos pela ânima que nos trás vivos até hoje!
Não sabemos até quando!!!
Um beijo no peito aberto e a alegria na cumplicidade do olhar!!!

03/03/09

A Tradução do Carnaval

Germana Rocha

Mais um dia e lá se foi mais um carnaval.
Uma festa de beleza, de subjetividades, de expressões humanas mais reais,
Onde pierrôs, colombinas, batuqueiros, capoeiristas, lilis, reinos de maracatus e reinados surgem para o mundo.
Buscas, caminhos, descobertas, alegrias, reencontros, felicidades, tristezas, tudo é extravasado.
O que somos, é possível mostrar sem censuras, o que queremos ser é o sonho realizado, os nossos sonhos podem tomar forma e sair às ruas com nossos espaços garantidos.
A alegria da liberdade, da pluralidade, da diversidade de personagens.
Pois é, mais um carnaval que nos liberta das amarras daquilo que chamamos de democracia, o regime das liberdades condicionadas pelo imperialismo do capital.
Das liberdades que nos são impostas e não da nossa liberdade de viver sem máscaras.
Que tempo feliz, que dias de graça vivemos que tempo de nos descobrirmos e descobrir os outros pelas suas próprias expressões.
O Carnaval, a cartase social da possibilidade humana de ser o real de cada alma.
Chego a pensar que nos brasileiros conseguimos sobreviver o resto do ano devido a esse momento de cartase social.
Seria bom pensarmos um pouco nisso e nesse belo carnaval que vivemos aqui no Brasil, pois ele é único.